quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Leshiy

                O Halloween é uma lenda, e esta semana eu e mais dois alunos fomos gravar a rádionista, que é uma rádio do colégio. Lá falamos sobre lendas dos países que nós descendemos. Como eu tenho descendência polonesa, falei sobre os Leshiys (leszi em polonês), que são espíritos bons da floresta que protegem a natureza e os animais selvagens, e podem tomar formas de várias criaturas. Eles aparentam ser como camponeses, porém tem olhos brilhantes, são bem altos e tem os pés virados para trás. Às vezes eles atraiam pessoas para suas cavernas e fazem cócegas quase até a pessoa morrer.
                Eu achei muito interessante, o Brasil foi construído por vários povos e consequentemente trouxeram suas lendas.
Leshiy em forma de cogumelo.
Vovô Leshiy.




Julia André      n°17

segunda-feira, 11 de novembro de 2013


Entrega para o Monstro

Na pizzaria onde trabalho, por volta das 20:00, tocou o telefone. Era a penúltima entrega. Estávamos todos exaustos. Quando peguei a pizza, um cheiro ruim entrou nas minhas cavidades nasais, e as partículas se diluíram no meu órgão olfatório, mas não identifiquei o cheiro, pensei que poderia ser a calabresa. Coloquei a pizza no carro, e fui até a casa de entrega. Chegando lá, uma mulher atendeu, pegou pizza e reclamou do cheiro ruim, abriu ela e falou para devolver, porque a pizza parecia estragada. No caminho, comi um pedaço, meus milhares de quimorreceptores  ativaram-se e se se organizaram nas minhas papilas gustativas e seti um sabor amargo concentrado no fundo da língua. Confirmei que a pizza estava estragada.
Entreguei outra pizza para a mulher. Na volta, quando cheguei na pizzaria, tinha outra entrega.
Quando cheguei na casa, parei o carro em frente ao portão alto e grande, quando sai  do carro e me aproximei, olhei a casa, e era muita assustadora, a imagem entrou na cobertura do meu olho, a pupila;atravessou a lente; encontrou-se com a íris; depois passou em sua abertura, a pupila; depois foi para o fundo do olho, na retina e depois foi para o nervo óptico, que levou a informação visual da imagem ao meu cérebro, meu olho até doeu um pouco.



Abri o portão,   dei um passo e meus termorreceptores ativaram-se e senti muito frio. Andei, mas um pouco e senti um arrepio, ouvi um som estranho,   que entrou na minha orelha, vibrou minha membrana timpânica, passou pelo o martelo, a bigorna, o estribo, pela cóclea e foi para as tubas auditivas, mas não identifiquei o som, assustado fui para trás e bati o braço numa árvore podre e velha, meus mecanorreceptores ativaram-se e senti uma coceira, mas logo passou.
Quando estava subindo as escadas parar tocar a campainha, a cadeira que estava ao lado, começou a balançar sozinha, fiquei com medo. A campainha era de bater, ela tinha forma de um morcego, bati três vezes, ouvi um barulho de alguém gritando e me afastei, os olhos do morcego ficaram vermelho, e a porta se abriu sozinha, uma sombra na parede apareceu, parecia de um monstro, joguei a pizza na porta e saí correndo, entrei no carro e olhei quem era, vi um homem fantasiado de monstro e foi aí que me lembrei que hoje era Halloween.



Bruna Seiva



 

 

O apocalipse
         Em uma de minhas frequentes andanças um som percorreu minha orelha, o som vibrou minha membrana timpânica ampliando o som, o sinal foi transmitido pela bigorna, martelo e estribo, indo para a cóclea, onde o líquido se mexeu e os mecanorreceptores foram estimulados, levando a informação ao cérebro pelos nervos auditivos, logo identifiquei: um grito de uma mulher.
Com a cabeça de investigador, fui até o local que o som parecia ter vindo. Uma imagem atravessou minha córnea que protege meus olhos, a íris controla a luz que vem para os meus olhos, logo a pupila se ajusta, ela aumenta para que ajude a visão no escuro, a imagem passa também pela lente, e depois vai para a retina, lá há os fotorreceptores que mandam o estímulo para o nervo óptico que leva ao cérebro, lá a imagem fica na posição certa e eu recebo a informação que a imagem era a sombra de uma pessoa que logo desapareceu.
 
         Continuo andando, é quase um labirinto, uma casa cheia de corredores e paredes com camurça vinho. Tentando as intuições de detetive, vejo uma mancha no chão, vermelha. A retiro do chão com o meu dedo e ponho a substância na língua. Meus quimiorreceptores organizados na papila gustativa são estimulados e recebo a informação através dos nervos, sinto o gosto doce na ponta da minha língua, e lá no fundo, um gosto amargo. Logo sei que é sangue.
         Uma vítima e um agressor, concluo. Continuo seguindo os corredores lentamente, com as luvas na mão. Vejo um cômodo com uma luz acesa e três corredores dão saída a ele. Tremo.

 
Continuo até chegar lá. Um corpo coberto de hematomas está jogado sobre um sofá preto, do lado castiçais ardendo em chamas.
Toco no corpo. Minha pele percebe uma outra pele áspera, graças aos mecanorreceptores, e gelada também, graças aos termorreceptores, que detectam temperatura. Morta.
         Agora tenho de encontrar o assassino, a mulher foi esfaqueada e tenho que tomar cuidado. Carrego minha pistola.
Algo vai para minhas cavidades nasais e diluem-se no muco, o órgão olfatório, a mensagem é enviada por nervos já que os quimiorreceptores foram ativados. No cérebro já sei que é o cheiro. Cheiro de algo pegando fogo. Viro para trás e há um homem rindo com uma faca na mão. Estremeço. Pego minha pistola e percebo que metade do seu rosto está em carne viva, e ele com um olho sem expressão.
         -E foi assim que começou a Era Zumbi, doutor Knox, em 2047.
 
         -Obrigado por nos contar essa experiência de vida. Nos ajudará em nossa pesquisa.
Beatriz Buzato 

O Vampiro

         Era meia noite. Estava sozinha em minha nova casa. Era uma casa bem estranha. De acordo com as pessoas do bairro, a última menina que morou aqui foi morta. Mas eu não acredito nessas bobagens. Eu estava assistindo TV, quando eu senti um cheiro, foi quando partículas e substâncias voláteis entraram na minha cavidade nasal, que se diluíram no muco, que depois foram para o Bulgo, presente no órgão olfatório, que depois foi para o meu cérebro. Eu reconheci aquele cheiro, era cheiro de sangue, e aquilo agradava as minhas papilas gustativas, mas não interessada, continuei assistindo TV.

                De repente senti um gosto de sangue, amargo, no fundo da minha língua, e quando vi, minha boca estava cheia de sangue. Cuspi tudo. Então resolvi seguir o cheiro do sangue.



 

                    Comecei a ficar com medo. Foi quando eu senti um toque nas minhas costas. Receptores que estavam em minha pele mandaram aquele toque para o meu cérebro. E eu reconheci aquele toque. Parecia o toque de uma mão com garras. Continuei seguindo o cheiro.

                    Foi quando ouvi um som. Esse som entrou no meu pavilhão auditivo, que depois foi para o meu meado acústico externo, que fez vibrar o meu tímpano, que vibrou o martelo, a bigorna e o estribo, que amplificaram o som, que vibraram o líquido que estava dentro da cóclea, que ativou os quimiorreceptores, que depois foi para o nervo auditivo, que mandou o som para o cérebro. Foi quando eu reconheci aquele som. Era o som de um grito. Mas só ouvi uma vez. Continuei seguindo o cheiro.

              Foi quando eu vi da onde vinha aquele cheiro. De repente eu vi uma imagem. Essa imagem passou pela minha córnea, que passou pela minha lente, que focalizou aquele imagem, passou pela minha Iris, que controlou a quantidade de luz que entra no fundo do olho, passou pela minha pupila, que estava dilatada, pois estava muito escuro, foi para o fundo do olho com a imagem invertida , foi para a retina, foi para o nervo óptico, que mandou aquela imagem para o meu cérebro. Eu reconheci aquela imagem, era a mulher que foi morta. Ela estava caída no chão. Cheia de sangue. E quando eu menos percebi,  fui morta por um vampiro.
 
Juliana