segunda-feira, 11 de novembro de 2013


O Vampiro

         Era meia noite. Estava sozinha em minha nova casa. Era uma casa bem estranha. De acordo com as pessoas do bairro, a última menina que morou aqui foi morta. Mas eu não acredito nessas bobagens. Eu estava assistindo TV, quando eu senti um cheiro, foi quando partículas e substâncias voláteis entraram na minha cavidade nasal, que se diluíram no muco, que depois foram para o Bulgo, presente no órgão olfatório, que depois foi para o meu cérebro. Eu reconheci aquele cheiro, era cheiro de sangue, e aquilo agradava as minhas papilas gustativas, mas não interessada, continuei assistindo TV.

                De repente senti um gosto de sangue, amargo, no fundo da minha língua, e quando vi, minha boca estava cheia de sangue. Cuspi tudo. Então resolvi seguir o cheiro do sangue.



 

                    Comecei a ficar com medo. Foi quando eu senti um toque nas minhas costas. Receptores que estavam em minha pele mandaram aquele toque para o meu cérebro. E eu reconheci aquele toque. Parecia o toque de uma mão com garras. Continuei seguindo o cheiro.

                    Foi quando ouvi um som. Esse som entrou no meu pavilhão auditivo, que depois foi para o meu meado acústico externo, que fez vibrar o meu tímpano, que vibrou o martelo, a bigorna e o estribo, que amplificaram o som, que vibraram o líquido que estava dentro da cóclea, que ativou os quimiorreceptores, que depois foi para o nervo auditivo, que mandou o som para o cérebro. Foi quando eu reconheci aquele som. Era o som de um grito. Mas só ouvi uma vez. Continuei seguindo o cheiro.

              Foi quando eu vi da onde vinha aquele cheiro. De repente eu vi uma imagem. Essa imagem passou pela minha córnea, que passou pela minha lente, que focalizou aquele imagem, passou pela minha Iris, que controlou a quantidade de luz que entra no fundo do olho, passou pela minha pupila, que estava dilatada, pois estava muito escuro, foi para o fundo do olho com a imagem invertida , foi para a retina, foi para o nervo óptico, que mandou aquela imagem para o meu cérebro. Eu reconheci aquela imagem, era a mulher que foi morta. Ela estava caída no chão. Cheia de sangue. E quando eu menos percebi,  fui morta por um vampiro.
 
Juliana

Nenhum comentário:

Postar um comentário